Autor: “Claudio Katz*”


A esquerda perante a Venezuela
A ofensiva contra a Venezuela bolivariana jogou uma cartada “de esquerda”, que teve a adesão de gente respeitável, e de outros que não merecem respeito. Este notável texto desmonta em profundidade o sentido de tais posições no quadro do golpe reaccionário em curso. «Se os principais inimigos são a direita e o imperialismo, vergá-los é sempre uma prioridade. Este princípio elementar deve ser reafirmado nos momentos críticos, quando o óbvio se torna difuso. Quaisquer que fossem as críticas a Salvador Allende a batalha central era contra Pinochet. E a mesma conduta devia adoptar-se frente aos gorilas argentinos de 1955 ou os sabotadores de Arbenz, Torrijos e os diferentes governos anti-imperialistas da região. Esta postura implica que, hoje, na Venezuela, se defina uma posição comum contra a escalada da direita.
Nos cenários de golpe também é indispensável distinguir os responsáveis pela crise. Não é o mesmo ser o causador de um desastre ou ser impotente para o resolver.»



A relevância contemporânea de Marx
Este texto que o diário.info hoje publica exige a mais ampla divulgação. Texto profundamente pedagógico, é em si uma notável expressão do valor e da actualidade do marxismo. Marx e Engels identificaram os aspectos essenciais do capitalismo do seu tempo e, ao mesmo tempo, construíram o método de análise que permite compreender as suas tendências de evolução – que em muitos aspectos anteciparam -, os seus limites, as suas cíclicas e inevitáveis crises. «A grande crise que rebentou em 2008 recolocou O Capital num lugar preponderante da literatura económica.»



A atribulada estreia de Trump
Trump abre uma viragem de alcance global. O epicentro da crise situa-se, pela primeira vez, na principal potência do planeta. Da mesma forma que ninguém imaginou a derrota da União Soviética ou a conversão da China em potência económica, também não houve previsão da monumental mutação em curso.



Verdades e mentiras sobre a Cimeira das Américas **
O ponto crítico da América Latina, actualmente, não se situa na resistência aos Estados Unidos. O maior problema radica na estabilização de modelos capitalistas adversos às aspirações das maiorias populares. A significativa soberania política alcançada pela América Latina nos últimos anos não é sustentável com orientações económicas regressivas. Só um caminho de ruptura total com o neoliberalismo, o protagonismo popular, a radicalização política e o confronto com a classe capitalista pode pavimentar o caminho até à Segunda Independência.



A América Latina frente à crise global
A América Latina cumpriu um papel de vanguarda na resistência contra o neoliberalismo, mas a crise atual projeta outro desafio: ocupar um papel avançado na batalha contra o capitalismo. Este sistema é o responsável pelos descalabros atuais e sua continuidade exigirá maiores sofrimentos populares.



As encruzilhadas do nacionalismo radical*
Os capitalistas mantêm o domínio da economia na Venezuela, na Bolívia e no Equador, tal como ocorreu no Chile naquela época. Se em lugar de avançar para a construção de um poder popular se aceitam os condicionamentos do establishment, reaparecerá o desconcerto que afogou a experiência chilena. Há que afrontar de forma consequente as resistências que opõem os dominadores através de um caminho anticapitalista
