Artículos de: Julio, 2011


Peru: Contradições e potencialidades de uma nova sitiação
Com a recente eleição de Ollanta Humala para a presidência do Peru abriu-se nesse país uma perspectiva de mudança. A candidatura directamente apoiada pelos EUA foi derrotada.
A nova situação é, naturalmente, muito contraditória. O diario.info publica hoje três artigos que podem ajudar a compreender a complexidade da situação existente.



Humala na corda bamba*
As repercussões da vitória de Humala serão maiores no plano internacional do que no nacional. Se a sua presidência reforça a linha de independência anti imperialista seguida por vários governos na América Latina, no plano nacional, em contrapartida, é muito provável que os indígenas e os pobres vão exigir respostas para as suas reclamações que o novo governo não atenderá, uma vez que não pode nem quer afrontar os interesses das grandes empresas mineiras e a direita apoiada pelo imperialismo.



Ollanta Humala: renovação da podridão política no Peru
A tomada de posse de Ollanta Humala e do novo parlamento peruano trazem consigo indícios preocupantes: a libertação do criminoso Fujimori, uma larga percentagem de congressistas corruptos. São indícios negativos num processo carregado de contradições.



A vitória de Ollanta Humala e as dificuldades de mudanças sociais no
quadro da democracia burguesa
Com todas as dificuldades e limitações, a luta tem que ser travada, com independência política, para tentar levar o novo governo para um processo de mudanças sociais, até onde isso for possível. Nessas circunstâncias, os revolucionários devem conjugar unidade e luta, não cometendo o erro de se submeter acriticamente ao novo governo, como fazem os reformistas. Tampouco devem se colocar na oposição cega e fazer o discurso que hoje interessa à direita e ao imperialismo, tal qual agem os que se proclamam ultra-esquerdistas, subestimando a capacidade das massas de influir no processo político.



Sobre a decisão do Governo português de reconhecimento
do Conselho Nacional de Transição da Líbia



Vigilância*
Os massacres da Noruega ilustram bem os perigos da actual campanha de branqueamento e promoção de velhos e novos fascismos e racismos, que no nosso País tomam a forma do revivalismo salazarista. Já nos anos 30 o grande capital promoveu a cartada nazi-fascista para procurar uma saída violenta para a sua crise. É necessária vigilância e determinação perante o que pode estar na forja na crise de hoje.



O rei vai nu*
Argumentando a favor do roubo no 13º mês, o ministro das Finanças disse que 80% dos reformados e 65% dos agregados familiares não serão abrangidos por esta medida. Esqueceu-se que estava a dizer que 80% dos reformados e 65% dos agregados familiares do nosso País não ultrapassam de rendimento os precários 485 euros, e grande parte deles nem lá chegam.
