Autor: “Fernando Correia ”
«Fake News» e manipulação
«A História mostra (e o caso de Portugal, antes e depois do 25 de Abril, é bem esclarecedor) que os media, o jornalismo e aquilo a que poderemos chamar a fabricação mediática, em tudo o que ela envolve, não só não existem Í margem da sociedade e das suas contradições internas, mas também de uma forma ou doutra, explÍcita ou implicitamente, sempre a sua intervenção exprimiu ou reflectiu os interesses em jogo e participou na sua luta.»
Das contradições do capitalismo Í crise na comunicação social*
A comunicação social é de há muito um dos principais instrumentos através dos quais se exerce o poder da classe dominante. É também um universo em crise. Para o público em geral, é tão importante conhecer os traços principais dessa crise como ter consciência de quanto aquilo que os grandes media veiculam é cada vez mais oriundo, não das redacções, mas de centrais de condicionamento da opinião, de desinformação e propaganda.
A situação do jornalismo e as necessidades do negócio*
«Não se trata de esquecer que a produção da informação tem de ser economicamente viável, como qualquer outra actividade produtiva, mas sim de verificar até que ponto se aprofunda a contradição – inerente ao capitalismo – entre o crescente poder social dos media e a sua apropriação privada para fins lucrativos, especulativos, de conquista de poder ou de influência no poder.»
As autárquicas, o PCP e a RTP*
No balanço das recentes eleições veio de novo Í baila a questão dos grandes meios de comunicação social. Ninguém tem dúvidas acerca do férreo controlo de classe que sobre eles é exercido. Em perÍodos eleitorais, identificar quem favorecem e quem discriminam mais acentuadamente ajuda a avaliar como a classe dominante considera as forças em presença. Na RTP, supostamente serviço público, a coisa foi de novo flagrante.
Uma nova elite jornalÍstica
“…Fernando Correia chama a atenção neste artigo para a uniformidade que surgiu nos últimos anos na comunicação social portuguesa. Tão estranha que é quase indiferente ler este ou aquele jornal, ver este ou aquele canal de televisão. A nova «elite» que hoje dirige os principais media não ascendeu pelo talento, mas tem a confiança do grande capital. Da televisão e radio os diretores transitam inesperadamente para os principais diários ou vice-versa.
Jornalistas e jornalismo
Dos problemas laborais ao ataque Í democracia
“…os media, particularmente a televisão – e para citar apenas três aspectos – fornecem conhecimento, em tanto maior escala quanto maiores forem os nÍveis de iliteracia e menores os de educação e cultura dos receptores; estabelecem a agenda do que as pessoas pensam e da forma como o devem pensar, não só na polÍtica como no resto; dão notoriedade e facilitam os desempenhos a quem é dada oportunidade de frequentar os estúdios com frequência, colocando em desvantagem os que raramente são convidados.”
Marcelo e os media: das contradições e do populismo Í manipulação pura e dura
Um dos problemas de Marcelo Rebelo de Sousa é haver campanha eleitoral. Como “professor-comentador” durante anos e anos esteve relativamente Í vontade para intrigar, manipular, mentir e autopromover-se, sem contraditório. Mas uma campanha implica o escrutÍnio do candidato. E tudo o que se encontra é mau.