Autor: “José Goulão*”


A Europa à mercê de um padrinho do terrorismo
«Enquanto impõe a austeridade feroz contra os povos europeus, a União Europeia passa a entregar três mil milhões de euros por ano ao fascista Erdogan, a fundo perdido e sem garantias. (
) E os chefes dos governos da União não podem garantir-nos, a partir de agora, que esses três mil milhões não sirvam para financiar atentados cometidos pelos protegidos de Erdogan
»



A Progressão do caos
«Barack Obama interrompeu por momentos uma animada partida de golfe para condenar vagamente os militares egípcios pelas matanças dos últimos dias proibindo-os de participar em próximos exercícios militares mas não pondo em causa o auxílio logístico, financeiro e operacional. Obama fez mais uma vez de Pilatos decretando que só os egípcios podem resolver o problema que criaram. O presidente julga que nos esquecemos das declarações feitas há pouco tempo pelo seu secretário de Estado, John Kerry, segundo as quais o golpe militar no Egipto foi um acto para correcção do caminho da democracia».



Ilusão Cruel
Quando o cessar-fogo for quebrado, o que acontecerá inevitavelmente porque a continuação do bloqueio o garante, o megafone mediático mundial encarregar-se-á de ditar quem foi, ilibando o mediador egípcio e permitindo a Benjamin Netanyahu, se disso necessitar para fins eleitorais, o recomeço dos bombardeamentos, das execuções e também a invasão terrestre, que continua a estar operacional.



Guerra em Gaza
Hipocrisia sangrenta
Perante a guerra genocída que o terrorismo sionista no Poder em Israel está a levar a cabo com a invasão da Faixa de Gaza, os governos da mal chamada comunidade internacional apelam às duas partes para que cessem as actividades bélicas.
Tais apelos baseiam-se na objectividade de um pretenso distanciamento entre as «partes em conflito», assim se exigindo uma rigorosa simetria de comportamentos como numa guerra convencional entre exércitos clássicos. Simetria, pois, entre civis indefesos e as forças armadas que ocupam o quarto lugar no ranking das mais poderosas do mundo; entre ocupados e ocupantes; entre morteiros mais ou menos artesanais e o poder de fogo dos F-16 e dos tanques de última geração; entre comunidades famintas sujeitas há anos a um feroz bloqueio de bens essenciais e uma nação estruturada apoiada sem limites pelo mais poderoso país do planeta; entre as vítimas e respectivos descendentes de uma limpeza étnica e os seus autores.



A mentira na ponta das espingardas
Além da confissão de derrota, há outra razão de peso que desaconselha o reconhecimento da Resistência iraquiana pelos círculos imperiais. A sua existência é um contributo para o reforço da unidade nacional iraquiana perante os esforços em curso para fraccionar o país.
