Autor: “Mauro Iasi”


E agora? É hora de chutar o tabuleiro!
“Marx disse certa vez que não se deve brincar com a insurreição se não quiser levá-la até as últimas consequências. Ao que parece o lulopetismo espera que as massas garantam que Lula não seja preso e dispute as eleições, mas que depois saiam de cena para que tudo volte aos trilhos da normalidade para que se possa remendar o pacto social esgarçado pelo golpe.”



Olimpíadas 2016: O desporto é o que menos importa
Os Jogos Olimpicos do Rio de Janeiro não cumpriram as metas fixadas pelo Comité Olímpico.
Para poupar energia a pira Olímpica foi muito menor do que o previsto.O tratamento do esgoto lançado na Baia da Guanabara não atingiu metade da meta estabelecida. As obras de limpeza dos rios da bacia de Jacarepagua foram paralisadas em 2015, apesar de a empresa responsável ter recebido 235 milhões de reais. Mais de 77000 pessoas foram desalojadas das suas residências para criar terrenos destinados a futura especulação imobiliária. Não obstante a mobilização de 85000 policias, a segurança das delegações funcionou muito mal. Muitos atletas foram assaltados e roubados dentro e fora da Vila Olímpica.-O desporto, como lembra Mauro Iasi, foi no Rio16 o que menos importou aos organizadores.



O usurpador e o caminho da usurpação
O mais preocupante na presente crise política brasileira não foi tanto as degradantes e circenses votações da Câmara de Deputados e do Senado brasileiros, mas sim a ação do governo e dos partidos que participaram no poder, desde a primeira eleição de Lula da Silva, na organização e mobilização da classe trabalhadora.
Por isso se torna natural uma conclusão de Mauro Iasi: «Depois de transformar a democracia numa abstração que não faz sentido para boa parte de nossa classe, não se pode esperar que as pessoas se mobilizem para defendê-la».
Como também não faz sentido que a classe trabalhadora, particularmente o seu destacamento operário, seja mobilizada como massas, povo ou cidadãos
, se eles não tiverem sido antes organizados como classe trabalhadora, como classe operária.



A Copa como metáfora e a metáfora da Copa: pela rebelião do valor de uso
A mercantilização do futebol ocorre não apenas pela venda do espetáculo desportivo em si mesmo, mas em várias dimensões: no mercado de jogadores, na venda dos direitos de imagem, como veículo de propaganda, como empreendimento milionário de empreiteiras, bancos e tantos outros. A velha arte de esfolar várias vezes o mesmo boi. O futebol mercadoria e o seu evento maior o Campeonato do Mundo é montado para a realização do lucro das grandes corporações. Se vai haver jogo ou não é um detalhe.



Dilma se rende à Lei e Ordem: a ditadura da burguesia mostra a sua cara
Trata-se de utilizar as Forças Armadas com uma função explícita de polícia, criando um clima de terror que procura (e não vai conseguir) prevenir as manifestações em 2014 para garantir dois eventos, a Copa de Mundo FIFA e as eleições. A ordem democrática será garantida pelas botas militares e a repressão ao direito de manifestação e de greve da classe trabalhadora, tudo para salvar os investimentos e negócios, para dar uma resposta à FIFA e a seu presidente.



O Estado e a violência
Na abstração dos direitos somos todos somos iguais. Na particularidade viva da sociedade burguesa somos pobres, pretos, favelados, facilmente identificados para receber práticas discriminatórias em nome da ordem a ser mantida.
