Autor: “Catarina Casanova*”
Eurocomunismo e Reformismo
Em qualquer das suas máscaras, sempre os reformistas se apresentaram sob o propósito de defender, aprofundar ou de adequar a luta pelo socialismo Í s novas realidades, Í modernização das estruturas revolucionárias por forma a corresponderem a evolução dos tempos.
Foi sempre assim, cá e lá fora, nas instituições nacionais e supranacionais, em paÍses capitalistas e em paÍses que se reclamavam da construção do socialismo.
O resultado foi sempre o contrário dos propósitos anunciados.
Eurocomunismo ou o render dos ideais
Neste texto, Catarina Casanova dá uma primeira explicação do como e do porquê o Partido Comunista Francês escorrega, plano inclinado abaixo, até Í situação em que se encontra. Desde logo, salta Í vista como é que o CC do Comité Central do PCF numa reunião de dois dias, 5 e 6 de Dezembro de 1968, se substituiu ao Congresso e aprova, com o tÍtulo de «Por uma democracia avançada, por uma França socialista» a tese de que «pacificamente, o capitalismo transformar-se-ia em socialismo pela acção de massas dos “partidos democráticos” dentro do quadro legal».
Centrismo ou linha revolucionária
«A dimensão da investida do capital exige um Partido que esteja Í altura não apenas daquilo que já foi, do que é, mas do que virá a ser. Ou seja, se por um lado os comunistas têm de defender e reforçar as conquistas de Abril, por outro lado têm que assumir o seu papel de vanguarda dirigindo as massas na ruptura com o capitalismo, tendo como objectivo a revolução socialista.»