Autor: “Gustavo Carneiro”

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Ameaça e espantalho

Gustavo Carneiro    27.Mar.24    Outros autores


O Chega, para além do que representa em si mesmo, serve outros propósitos, nem sempre claros. Para além do selo «de esquerda» que ajudou a conferir ao PS, e que terá contribuído para a maioria absoluta de 2022, concorre também para branquear o projecto que PSD e CDS têm para o País, que é mais parecido com o seu (e o da IL) do que pode parecer. É o que foi implementado nos anos negros da troika, e que só não foi mais longe porque a luta o interrompeu. O Chega é ameaça, mas também é espantalho, e é necessária toda a vigilância perante as diferentes faces de uma mesma política.

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A solução e os engodos

Gustavo Carneiro    28.Feb.24    Outros autores


A “solução dos dois Estados” e a consequente criação do Estado da Palestina é há muito falada. Por responsabilidade do Estado sionista e dos seus apoiantes (em particular EUA e GB), ficou cada vez mais distante. Agora aparecem a defendê-lo vários dos que o têm inviabilizado. Não nos deixemos enganar: há quem se refira a essa solução apenas para confundir ou para procurar limpar a face por uma longa cumplicidade com os crimes que (há décadas e não só há meses) Israel comete contra os palestinianos.

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O heroÍ­smo, as lições e o legado do 18 de Janeiro de 1934

Gustavo Carneiro    19.Ene.24    Outros autores


«Há acontecimentos que o tempo não apaga. O levantamento operário de 18 de Janeiro de 1934 – faz agora precisamente 90 anos – é sem dúvida um deles. Desde logo pelo que significou de acção revolucionária ousada e corajosa contra o fascismo». O 25 de Abril também se fez daquele Janeiro.

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Os donos-disto-tudo e nós

Gustavo Carneiro    16.Ene.24    Outros autores

Escreve a Forbes que as 50 famÍ­lias mais ricas de Portugal detêm, juntas, um «património empresarial de quase 40 mil milhões de euros, o que corresponde a 16,5% do PIB nacional». Em 2022 situava-se nos 242,3 mil milhões de euros. As 10 primeiras da lista – encabeçada pelas famÍ­lias Amorim (Galp e Corticeira Amorim), Soares dos Santos (Jerónimo Martins/Pingo Doce), Guimarães de Mello (Grupo José de Mello) e Azevedo (Sonae/Continente) – reservam para si «uma fatia de 20,3 mil milhões de euros», ou seja, praticamente metade do total acumulado pelas 50 mais ricas. O caso destas primeiras quatro é particularmente revelador: actuam em diversos ramos industriais, na saúde, na energia e na grande distribuição. Sectores que associam Í  exploração do trabalho os ganhos com o brutal acréscimo das dificuldades das camadas populares. Lucros obscenos para uns, dificuldades crescentes para a maioria.

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À direita da esquerda

Gustavo Carneiro    11.Dic.23    Outros autores

«Fixemos uma separação o mais clara que nos for possÍ­vel entre esquerda e direita, que não se fique pela forma e pelas aparências, mas que atente nos conteúdos. E que, para lá de declarações mais ou menos inflamadas, se centre nas opções e sobretudo em quem delas beneficia: uma Í­nfima minoria de poderosos, no caso da direita; a grande maioria que vive do seu trabalho, se for a esquerda.»

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Mantras

Gustavo Carneiro    30.Nov.23    Outros autores

São variadas e não poucas vezes sofisticadas as técnicas de manipulação da informação.
Uma delas reside na repetição exaustiva de expressões e ideias (pouco rigorosas, confusas, falsas), autênticos mantras que enquadram notÍ­cias, reportagens, entrevistas e comentários. O massacre em curso na Faixa de Gaza oferece-nos, a este respeito, reveladores exemplos.

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Maioria silenciada

Gustavo Carneiro    12.Jul.23    Outros autores

Todos dias chegam órgãos de comunicação social dezenas de comunicados de sindicatos, denunciando ilegalidades, apresentando reivindicações, convocando lutas. Em grandes superfÍ­cies, em outros serviços, em sectores da indústria. No sector público e no sector privado. Mas não chegam a ser noticiados. São coisas de quem trabalha, a maioria do paÍ­s. Mas essa maioria é silenciada na comunicação social dominante.

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