Portugal: um paÍs onde se promovem pensões e salários baixos
No último dia do ano, um indispensável balanço da situação dos salários e das pensões. Entre 2000 e 2015 os custos da mão-de-obra diminuÍram 15,8% em termos reais, enquanto na UE subiram 49,7%. Com o bloqueamento da contratação colectiva, que Vieira da Silva se recusa alterar, o salario mÍnimo nacional está já muito próximo da mediana dos salários (salário recebido pela maioria dos trabalhadores), transformando Portugal num paÍs onde um número crescente de trabalhadores só recebe o SMN. A polÍtica de rendimentos dos sucessivos governos está a determinar uma repartição da riqueza criada no paÍs em benefÍcio do Capital e em prejuÍzo dos trabalhadores. A “parte dos salários no PIB”, desceu entre 2010 e 2015 de 36,8% para apenas 33,6% do PIB e em 2016 a situação não se deve ter alterado. Esta repartição desigual tenderá a agravar-se em 2017 em resultado da polÍtica do actual governo. Ao dar um prémio de 120 milhões € (redução de 1,25% na taxa de contribuição das empresas para a Segurança Social) aos patrões que paguem remunerações até 700€/mês (inclui horas extraordinárias e trabalho nocturno) promoverá ainda mais o trabalho mal pago.
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