A máquina do império, um modelo à escala

António Santos    13.May.24    Outros autores


Depois de meses encenando discordâncias, democratas e republicanos no Congresso dos EUA entenderam-se e aprovaram um pacote de 95 mil milhões de dólares destinados à guerra na Ucrânia, ao genocídio em Gaza, e à ingerência e provocação contra a China. Essa aprovação sintetizou num modelo político as regras da máquina do império: a) a democracia como um jogo de palavras e luzes em que se extremam discursos em torno de posições próximas; b) o consenso em torno da necessidade de preservar, por todos os meios, a hegemonia imperial; c) a necessidade de continuar a guerra de classe contra os trabalhadores.

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Bruno Carvalho: «Há situações em que não podemos ser meros espectadores»

João Manso Pinheiro    08.May.24    Outros autores

Em A Guerra a Leste: 8 Meses no Donbass, publicado pela Caminho, o jornalista Bruno Carvalho furou a redoma que o Ocidente colocou sobre toda esta região. O livro é tanto sobre o autor como sobre estes outros apagados: tradutores, colegas de profissão, condutores e, acima de tudo, os que vivem e lutam pelo Donbass.

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É urgente pôr termo ao genocídio em Gaza também para defender a paz no mundo

MPPM    07.May.24    Outros autores

O genocídio sionista em Gaza e na Cisjordânia agrava-se diariamente de forma implacável. Tem a cobertura e o apoio dos EUA e dos seus lacaios europeus, por muito que, hipocritamente, finjam apelar a que cesse. Basta ver como agem no Conselho de Segurança da ONU, ou a ferocidade com que, nos seus próprios países, reprimem as manifestações de solidariedade com o povo palestiniano.

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Cumprindo a “True Promise’”: um relato interno dos ataques do Irão a Israel

The Cradle    06.May.24    Outros autores

O deputado iraniano Mahmoud Nabavian revela de forma detalhada a estratégia calculada, a intriga diplomática e a destreza militar que caracterizaram os ataques de mísseis de Teerão a Israel em 13 de Abril. Uma impressionante proeza militar e diplomática, sobretudo tendo em conta que essa operação se defrontava com grande volume de meios coordenados pelos EUA. Mais uma vez, o “ocidente colectivo” sofreu um sério desaire, em que a habitual subestimação da força do adversário terá tido o seu peso. Em 13 de Abril ficou à vista uma nova correlação de forças no Médio Oriente.

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Comunicação social, arma da contra-revolução

José Goulão    03.May.24    Colaboradores

«O jornalismo dominante e os meios de comunicação frequentados pela esmagadora maioria da população portuguesa e do espaço ocidental trocaram a informação pela propaganda, a paz pela guerra e o militarismo, a democracia pelo totalitarismo neoliberal, o primado da lei pelas regras avulsas e arbitrárias emitidas de Washington, o pluralismo pela opinião única, o diálogo pela arrogância, o esclarecimento pelos comentários unanimistas, viciados e multiplicados por gente impreparada, culturalmente indigente, avençada por organizações conspirativas, serviços secretos e sistemas transnacionais de poder.»

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A luta do campo é objectivamente uma luta anti-monopolista

Angeles Maestro    02.May.24    Outros autores

O mal-estar no campo vem de longe. Estalou agora em grandes mobilizações de agricultores e criadores de gado em toda a Europa. E essas lutas apontaram responsáveis directos: os governos da UE, que colocam os seus interesses aos pés do imperialismo sionista anglo-saxónico. E as políticas da UE, que durante décadas e sob diferentes pretextos, têm como objectivo favorecer a concentração da propriedade da terra e das indústrias transformadoras de produtos agrícolas e pecuários nas mãos de multinacionais e fundos de investimento. Uma luta de camadas sociais objectivamente anti-monopolistas.

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Os 61 mil milhões de dólares de Biden e o recrutamento coercivo em Kiev… Os ucranianos estão a fugir do banho de sangue da NATO, não da Rússia

strategic-culture    29.Abr.24    Outros autores

O Congresso dos EUA aprovou o envio de muitos milhares de milhões “para a Ucrânia”. Já é sabido que parte deles irão directos para os cofres do complexo militar-industrial EUA, e outra parte para os chefes do corrupto regime neo-nazi instalado em Kiev. Esta bilionária benesse coincide com novas medidas no sentido de arrebanhar, seja por que meios for, mais carne para canhão para as fileiras de um conflito sem qualquer sentido. Ao que parece, o anúncio dessas medidas suscitou esforços generalizados para lhes escapar. São os próprios ucranianos que fogem do criminoso regime ali instalado e mantido pelos EUA/NATO.

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“Alívio Fiscal” do PS, “Choque Fiscal” da AD no IRS: trabalhadores e pensionistas vão pagar mais do dobro do IRC pago pelas empresas. E a receita do IVA vai aumentar

Eugénio Rosa    24.Abr.24    Outros autores

Para além do esforço da AD e PS em lançar cortinas de fumo, há que «ter presente que a redução de 1327 milhões € no IRS resultante da tabela de IRS constante do OE-2024 aprovado pelo PS, mais a redução de 212 milhões € da tabela de IRS que a AD vai propor para aprovação não significa que os portugueses irão pagar menos 1539 milhões € em 2024 do que em 2023 (em 2023, o Estado cobrou 18504 milhões € de IRS), mas sim é uma redução de 1539 milhões € relativamente ao que teriam de pagar se a tabela de IRS fosse em 2024 a mesma que vigorou em 2023. A redução do IRS cobrado pelo Estado em 2024 será muito menos que os 1539 milhões €»

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Haverá para isto um nome, mas não é democracia

Raquel Ribeiro    22.Abr.24    Outros autores


«Na Alemanha, a criminalização de movimentos de esquerda, seja contra a guerra da Ucrânia, seja de apoio à Palestina, de crítica a Israel ou ao governo alemão, seja de judeus, de cristãos ou de muçulmanos, agora inseridos nesta “cena islamista”, está a ser conduzida por governos e políticos “democráticos”, representantes de partidos do “arco da governação”, dos sociais-democratas aos verdes, dos socialistas aos democrata-cristãos. Eis-nos diante deste paradoxo: os que diariamente nos acenam com o perigo da extrema-direita são os que põem em prática medidas fascizantes.»

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O genocídio de Gaza como política explícita: Michael Hudson identifica tudo

Pepe Escobar    17.Abr.24    Outros autores


Quando alguém com a estatura intelectual de Michael Hudson se pronuncia, com tanta dureza e sem poupar nas palavras, sobre o genocídio em curso do povo palestiniano, isso adquire um peso especial. Três ideias centrais: uma, que o que se passa agora não é mais do que a Solução Final de um objectivo formulado desde 1945: uma Palestina geograficamente existente mas de onde o seu povo seria eliminado. Outra, que os EUA e Israel são igualmente responsáveis por este crime contra a humanidade. Outra, que este genocídio é mais uma etapa da tentativa de imposição ao mundo da “ordem baseada em regras” definidas pelos EUA, ou seja, da sua dominação seja por que meios for. Todavia, observa Hudson, o que está a acontecer é o oposto do que pretendiam. A grande maioria dos países do mundo volta-lhes as costas, e procura construir um novo modelo global de relacionamento e convivência entre países e povos.

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O SNS para a AD: nenhum reforço, convenções com os grandes grupos de saúde, incentivo aos profissionais do SNS a trabalhar para os privados

Eugénio Rosa    15.Abr.24    Outros autores


A “solução milagrosa” da AD para o SNS não é reforçá-lo, mas fazer convenções com os grandes grupos de saúde (CUF, LUZ, LUSÍADAS, TROFA, etc.) e com IPSS, e criar USF de privados ( cheques cirurgias, cheques consultas, cheques exames para privados pagos pelo orçamento do SN, desnatando-o e destruindo-o gradualmente). Para professores e forças de segurança o governo anunciou reuniões, em relação aos profissionais de saúde, nomeadamente médicos, a resposta de Montenegro foi o silêncio. O seu objectivo é, por um lado, é desvalorizar o SNS, os seus profissionais e utentes e, por outro, criar condições para justificar o “outsourcing” a privados de serviços que deviam ser prestados pelo SNS.

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Para compreender os riscos colocados pela IA, siga o rasto do dinheiro

Tim O’Reilly    11.Abr.24    Outros autores


Diz o autor que «há uma classe de riscos da IA que é geralmente conhecida de antemão. Trata-se dos riscos decorrentes de um desalinhamento entre os incentivos económicos de uma empresa para lucrar de uma determinada forma com o modelo de IA de que é proprietária e os interesses da sociedade quanto à forma como o modelo de IA deve ser rentabilizado e utilizado. Concentrar-se nos riscos económicos da IA não é apenas sobre evitar o “monopólio”, a “auto-preferência” ou o “domínio das Big Tech”. É sobre garantir que o ambiente económico que facilita a inovação não incentiva riscos tecnológicos difíceis de prever, uma vez que as empresas “avançam rapidamente e partem tudo” numa corrida ao lucro ou ao domínio do mercado.»

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