Autor: “Rui Namorado Rosa ”
Bases da NATO na Europa e a ameaça das armas nucleares
Num fundamentado texto como é sempre uso, Rui Namorado Rosa diz no texto que hoje publicamos por que razão «a NATO é argumento e instrumento para, primeiro, duas grandes potências nucleares, e depois, uma só delas, terem efetivamente decidido sobre a defesa e a segurança no continente Europeu»; e acrescenta que não foi com a integração na NATO que Estados Europeus «adquiriram parte ativa na negociação e garantia de segurança e Paz na Europa. Antes por isso mesmo a perderam, e tornaram-se corresponsáveis pela militarização na Europa e pela escalada de conflitos dramáticos no continente e na bacia do Mediterrâneo, de que todos somos vÍtimas».
«Muitos paÍses europeus foram capturados para a visão estratégica da NATO e como instrumentos de influência polÍtica e militar da NATO sobre o nosso continente e para além dele. A União Europeia tem facilitado o avanço de tal visão militarista e percurso guerreiro».
O bem-estar das corporações multinacionais
Rui Namorado Rosa estuda no texto que hoje apresentamos os mecanismos do planeamento tributário das multinacionais, uma outra maneira de dizer ao normal pagamento de impostos nos diversos paÍses:
«A multinacional elabora um planeamento financeiro do qual resulta uma complexa estrutura organizativa de fluxos materiais, imateriais e financeiros que, tirando partido das especificidades dos variados regimes fiscais, procura optimizar os benefÍcios agregados. Entre diferentes itens que esse planeamento abarca e sobre os quais a multinacional toma opção, no processo de construir a sua estrutura, relevam os seguintes: onde incorporar a sede social, onde incorporar as suas subsidiárias, em que condições conduzir as transacções entre empresas do grupo, onde registar as suas vendas, onde incorrer os seus custos, onde localizar os seus activos, onde empregar o seu pessoal, onde aceder ao crédito, onde registar a sua propriedade intelectual, onde extrair privilégios fiscais especiais.»
Volkswagen, de Bruxelas a Paris
O escândalo que declaradamente agita o sector automóvel revela uma face familiar da aguda guerra económica em que se confrontam os vários polos do capital mundial. Ilustra também as inconsistências e disfunções das suas polÍticas económicas. E denuncia uma vez mais a obsessão do capitalismo pela financeirização da economia como linha de saÍda fugaz das sucessivas crises em que se vai atolando.
A invisÍvel Armada
Comércio marÍtimo e crise na Grécia
Neste importante estudo é abordado um aspecto menos discutido da situação económica da Grécia. Este paÍs dispõe da maior frota mercante do mundo e de um dos mais significativos complexos marÍtimos. Mas esses activos escapam, em grande parte, ao sistema fiscal grego. A Grécia figura como placa giratória entre paÍses produtores e consumidores, mas também de uma imensa teia mundial de negócios invisÍveis, tolerados mas não contabilizados pelas instituições internacionais e grandes potências, em benefÍcio de corporações e de bilionários sem pátria.
Agora o Eurogrupo avança com um fundo com 50 mil milhões de euros em bens públicos, que poderá ficar sob administração europeia, a ser usados para reembolsar os credores da dÍvida imposta Í Grécia pelos programas de resgate. Armadores gregos e capitalistas de qualquer nacionalidade aguardam, resguardados no sigilo de paraÍsos fiscais e centros financeiros offshore, que património público seja privatizado para ser saldado apressadamente e a preço depreciado para dele se apropriar.
O Capital Í solta
A evasão fiscal por parte do grande capital tem escala gigantesca. Utiliza sofisticados processos, nos quais a engrenagem dos paraÍsos fiscais assume um papel central. Se um trabalhador se atrasa no pagamento de impostos é brutalmente onerado com juros de mora e penhoras. Entretanto estima-se que, só na Europa, o montante anual de imposto não cobrado devido a actividades de evasão fiscal através de paraÍsos fiscais atinge € 150 mil milhões.
Crime do Imperialismo no coração da Europa
Por estes dias o imperialismo “comemora” os 20 anos do massacre de Srebenica. Desencadeia tragédias como o do desmembramento da República Federal Socialista da Jugoslávia, no que mais do que guerra civil foi sobretudo uma agressão militar estrangeira em grande escala. E comemora os crimes que nelas são cometidos, pelos quais é o primeiro e o maior responsável.
A Segunda Guerra Mundial, a vitória sobre o nazi-fascismo e a luta pela Paz
A Segunda Guerra Mundial é dita decorrer entre 1939 e 1945. Mas essa tragédia é melhor compreendida se encarada como um processo histórico, com seus antecedentes, frequentemente remontando Í Primeira Guerra Mundial ou Í Grande Depressão, e com suas consequências próximas e as que projectou até hoje e no nosso futuro.