Autor: “M K Bhadrakumar* ”
O “efeito Trump” divide a opinião europeia
Os resultados das eleições presidenciais na Bulgária e na Moldávia indicam uma tendência de aproximação Í Rússia e de distanciamento em relação Í UE. Conjugados com declarações de Trump no decurso da campanha eleitoral, apontam para crescentes clivagens internas no bloco europeu ocidental. A agressiva polÍtica de militarização apontada a Leste não constitui apenas a perspectiva de uma tragédia militar. Vai também contra interesses comerciais e económicos para os quais a UE não constitui alternativa.
As nove vidas de Erdogan
E o golpe de Gulen
M. K. Bhadrakumar é um experiente e bem informado analista de polÍtica internacional:
«Agora, a tentativa de golpe na Turquia ocorre na sequência da reaproximação turco-russa e de sinais nascentes de uma mudança nas polÍticas intervencionistas de Erdogan na SÍria. Naturalmente, a Turquia é um “estado chave” nas estratégias regionais dos EUA e a reaproximação turco-russa chega no momento mais inoportuno para Washington».
Por outro lado, «Gulen obteve a permissão de residência nos EUA (”green card”), aparentemente por recomendação de altos responsáveis da CIA. Desde então tem vivido isolado na Pensilvânia e nunca saiu dos EUA em visita ao exterior».
Putin não pode ceder, as tensões com os EUA irão aumentar
O autor, o embaixador indiano Bhadrakamur, analisa as difÍceis relações da Rússia com os EUA e a intervenção da inteligência norte-americana na Rússia tomando como referência o discurso de Putin na reunião anual do Serviço de Segurança Federal (FSB) da Rússia.
«Fundamentalmente, a questão central para a Rússia é que os EUA interferem nas suas polÍticas internas tendo em vista criar desarmonia polÍtica e enfraquecer o Kremlin, forçando-o a adoptar polÍticas que estejam em consonância com as estratégias americanas regionais e global.»
Quem cozinhou a sopa em Hong Kong?
A operação “occupy central” em Hong Kong, todo o folclore que a envolveu, todo o noticiário dos media internacionais que tentaram alimentá-la não passou de um guião já visto. Quando esta historia se repete muitas vezes, já não se repete apenas como farsa (embora tenha conduzido a várias tragédias). Repete-se como sinal do próprio esgotamento do arsenal conspirativo imperialista.
O Irão prepara-se para derrotar o ISIL
O Irão não tem assistido passivamente Í s sucessivas ofensivas, nomeadamente na SÍria e no Iraque, que o tomam claramente como alvo ulterior. E vem empreendendo iniciativas no plano diplomático que não apenas reforçam a sua posição como começam a abrir brechas entre as próprias monarquias reaccionárias que, juntamente com Israel, têm assumido o papel de peões do imperialismo no Médio-Oriente.
Anatomia das eleições gerais na Índia
Existem naturalmente muitas interrogações acerca do significado e consequências da retumbante vitória do partido nacionalista de direita hindu Bharatiya Janata nas eleições gerais da Índia. Há duas narrativas concorrentes no que respeita ao que esperar do primeiro-ministro Modi. Os seus acólitos alternam duas descrições sobrepostas para fazerem passar a sua adoração pelo Ídolo: Loha Purush (o homem de ferro) e Vikas Purush (o homem do desenvolvimento).
China, Rússia e o segundo advento de Obama
“O segundo mandato de quatro anos de Barack Obama como presidente dos EUA ficará marcado pela contagem regressiva final da emergência da China como superpotência. A dinâmica de poder na Asia-PacÍfico converte-se no modelador crucial deste processo histórico. “